Não adianta tentar lutar contra o inconsciente. O velho roteirista das nossas transgressões lembra que ninguém ─ nem mesmo um agente da lei ─ está a salvo de seus impulsos mais secretos.
Para quem não sabe, o inconsciente é uma das instâncias mais profundas da mente humana — a parte inacessível da psique, onde se encontram desejos, impulsos, lembranças e experiências reprimidas que não estão disponíveis à consciência, mas que influenciam diretamente nossos pensamentos, emoções e comportamentos.
É lá que, de acordo com a teoria freudiana, os fetiches ficam (ou se originam). Para Freud, nossas obsessões sexuais são expressões simbólicas de desejos reprimidos, ou seja, de impulsos e fantasias que foram empurrados para o inconsciente porque não são aceitos social ou moralmente.
O caso recente de um policial civil do Amazonas que se viu tragado por um escândalo ao manter relações sexuais com cinco detentos numa cela ilustra muito bem o que foi dito.
A crônica desta semana demorou cerca de três semanas para ser escrita — e por um motivo simples: fomos em busca de pessoas dispostas a revelar seus fetiches inconfessáveis, para entender como eles se manifestam na prática.
No fim das contas, a quantidade de histórias e informações colhidas foi tão grande que não coube em uma única crônica. Algumas toneladas de ideias renderão novas pautas para a nossa coluna.
A assuntasó! pretende continuar explorando assuntos que envolvem sexualidade, mente, corpo e sociedade — temas que alcançam relevância na modernidade.
De toda forma, esta edição traz um prato cheio para quem tem curiosidade em mergulhar nos fetiches diferentões que permeiam a mente de todos nós, humanos.
Boa leitura — e até a próxima!
Um abraço,
Will Assunção